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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Fábulas

 
        

     Durante o mês de janeiro, na área de Língua Portuguesa, estivemos a estudar algumas fábulas.
     Os alunos foram desafiados a pesquisar algumas fábulas e a escolher uma para apresentar aos colegas na sala de aula.
       

     Fábulas apresentadas




       A Abetarda

 
A abetarda, mais do que todos os pássaros, invejava o ninho do pica-pau. Por isso, resolveu copiar o ninho daquela ave e, no fim, contemplou com orgulho a sua obra.
 Então, pintou-a com cores vivas e belos desenhos. Quando terminou, aproximou-se do lago para contemplar, vaidosa, a sua obra.
            O Estio findava e a abetarda ouviu, um dia, o canto de um canário. Imediatamente se lhe meteu na cabeça imitar aquela ave canora. Ensaiou, arduamente, durante dias e dias, até que achou que o seu canto era tão belo como o do canário.
         Pôs-se à porta da sua recém-editada casa com a sua cauda pintada bem patente, a cantar, esforçando-se, ao máximo, para ser ouvida por todos.
 -Olha, uma casa igual à do pica-pau! -disse o esquilo.
 -A sua cauda não é igual à do pavão real ?!- exclamou o macaco.
 -O seu canto é igual ao de um canário!- disse surpreendido o castor.
         - Abetarda, o que fizeste este tempo todo?-perguntou o mocho.
- Construí a minha casa, decorei a minha cauda e aprendi a cantar.-disse a abetarda.
 - Devias dizer antes: copiaste a casa do pica-pau, a cauda do pavão e o canto do canário.-corrigiu a raposa.
 - Por que fizeste uma casa igual à minha?-perguntou o pica-pau.
 - O teu canto é igual ao meu. Devias cantar à tua maneira. -disse o canário.
  Então, a abetarda olhou para si e verificou que toda ela era uma imitação e que nada tinha de original. Envergonhada, escondeu-se atrás de uns arbustos.
  


Assim, a abetarda aprendeu que não devemos imitar os outros, mas antes sermos originais e apurar o nosso talento.


Inês




A Raposa e a Cegonha


         Um dia a raposa convidou a cegonha para jantar e serviu-lhe sopa, um pitéu de que ambas gostavam muito, num prato raso.
- Estás a gostar da minha sopa? – perguntou, enquanto a cegonha bicava em vão no líquido, sem conseguir comer nada.
- Como posso saber, se nem consigo come? -respondeu a Cegonha, vendo a Raposa a lamber a sopa com um ar deliciado.
Dias depois foi a vez de a Cegonha retribuir o gesto, pelo que convidou a Raposa para comer com ela na sua casa á beira do lago. Serviu-lhe a sopa num jarro largo em baixo e estreito em cima.
- Hummmm! Está deliciosa, querida amiga! -exclamou a Cegonha, enfiando o comprido bico pelo gargalo. -Não achas?
         Claro que a Raposa não achava e nem podia achar nada, pois o focinho  não passava pelo gargalo estreito do jarro. Tentou várias vezes sem sucesso até que, bastante mal humorada, se despediu da Cegonha, resmungando entre dentes.                             
         -Não te achei graça nenhuma…!          

Moral da história: Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti.

Beatriz




                     O galo e a raposa




      Era uma vez uma raposa muito esperta.
Um dia, passeando, viu uma capoeira cheia de galinha. Entrou lá dentro e comeu uma.
-Póh,  poh  poh   poh,   phóoo ...
No dia seguinte a raposa construiu junto à capoeira uma casa. E dentro da casa escavou um túnel que ia dar à capoeira. Todas as noites comia uma galinha.
 - Póh,  poh  poh   poh,   phóoo ...
Um belo dia, o dono das galinhas trouxe um galo, grande e bonito, e meteu-o também na capoeira. Mas como o galo não gostava dos poleiros, voou para cima de uma árvore e assim escapou à raposa, que por mais que tentasse não conseguia apanhá-lo.
- Có, có-có-ri-có, có…
Desesperada, a raposa começou a pensar como é que podia apanhar o galo, que era bastante maior que as galinhas e mais tenrinho e saboroso.
Inventou então uma história, que lhe teria sido contada pelo dono da quinta, e que era assim: «a partir de agora todos os animais tinham de ser amigos entre si, e nenhum podia comer o outro.»
-                   -  Póh,  poh  poh   poh,   phóoo ...
E a raposa começou a cantar:
-Hoje é um dia muito feliz! Hoje é um dia muito feliz! Hoje é um dia muito feliz!
O galo pensou que a raposa estava maluca, e perguntou-lhe:
-Porque estás tão alegre?
-Porque a partir de hoje todos os animais têm que ser amigos uns dos outros. Desce, meu amigo galo, que eu quero dar-te um abraço e um beijinho.
 O galo, desconfiando do que ela lhe dizia e para a pôr à prova, gritou-lhe:
-Ainda bem que assim é, pois bem aí a matilha dos ferozes cães da quinta!
A raposa, cheia de medo e já correndo, disse-lhe:
 -Adeus, já me estava mesmo a ir embora.
E metendo o rabo entre as pernas, fugiu a bom fugir, nunca mais sendo vista por aquelas paragens.
 -Tão esperta, tão esperta, mas não me enganou!

Moral da História: Não confies nos teus inimigos.

Diogo 



 
O Burro, a raposa e leão



O Burro e a Raposa acordaram proteger-se mutuamente e foram juntos para a floresta em busca de comida. Mal tinham começado a caminhada quando encontraram um Leão. Perante este perigo, a Raposa aproximou-se do Leão e propôs-lhe:
- Se me poupares, ajudo-te a caçar o Burro sem grande esforço.
O Leão aceitou a troca. Satisfeita, a Raposa voltou para junto do Burro e tranquilizou-o:
- Não tenhas receio porque o Leão prometeu que não nos fará mal.
O Burro acreditou no que ela disse e continuou a pastar despreocupadamente. Mas, a pouco e pouco, a Raposa conduziu-o para a beira de uma ravina e provocou a sua queda.
Vendo que o Burro em apuros e que já não podia fugir, o Leão atirou-se à raposa e comeu-a.

Moral da história: não confies nos teus inimigos.

Mariana



O Leão e o Rato


 Certo dia, andava na selva um ratinho à procura de comida , quando de repente ouviu um barulho: era um velho leão que também procurava comida.
O leão ao aperceber-se do ratinho, esticou a pata e alcançou o pobrezinho.
 - Vejam só, que sorte a minha! Achei o meu almoço.
- Oh senhor! Solte –me, por favor, porque eu sou tão pequenino que mal chego ao seu estômago.
- Pensando bem tens razão!
                Assim, o ratinho ficou muito feliz e jurou que lhe ia pagar o favor.
Entretanto o leão, mais à frente, caiu numa rede de um caçador. Logo começou a chamar o seu amigo ratinho.
- Socorro, socorro! Estou preso …
O ratinho ao longe ouviu o pedido de ajuda do leão. Correu para ele.
- Não se aflija meu amigo que vou salvá-lo. Deixe-me roer a corda que o prendeu.
O ratinho foi roendo, roendo até a corda arrebentar.
- Pronto, estou livre muito obrigado ratinho.
- Amigo, não agradeça e aprenda a lição, os amigos não se medem aos palmos! Mais vale um amigo pequeno do que não ter amigos.

Moral da história: Não devemos julgar os outros pelo seu tamanho ou aspecto.

Ricardo


O pastor brincalhão


Era uma vez um Pastorinho que costumava levar o seu rebanho para a orla da floresta. Como estava sozinho durante todo o dia, aborrecia-se muito. Então pensou numa maneira de ter companhia e de se divertir um pouco. Voltou-se na direcção da aldeia e gritou:
- Lobo! Lobo!
Os camponeses correram em seu auxílio. Não gostaram da graça, mas alguns deles acabaram por ficar junto do Pastor por algum tempo. O rapaz ficou tão contente que repetiu várias vezes a façanha.
Alguns dias depois, um Lobo saiu da floresta e atacou o rebanho. O rapaz pediu ajuda, gritando ainda mais alto do que costumava fazer:
- Lobo! Lobo!
Como os camponeses já tinham sido enganados várias vezes, pensaram que era mais uma brincadeira e não o foram ajudar. O Lobo pôde encher a barriga à vontade porque ninguém o impediu.
Quando regressou à aldeia, o rapaz queixou-se amargamente, mas o homem mais velho e sábio da aldeia respondeu-lhe:
- Na boca do mentiroso, o certo é duvidoso.


Moral da história: Não enganes o teu vizinho, pois o teu mal pode estar a caminho

Íris



A RAPOSA E O LOBO



A raposa e o lobo mataram dois carneiros e fugiram. Depois que se acharam seguros, deitaram-se a comer, mas só puderam comer um, e o outro ficou inteiro. Diz a raposa:
– Compadre, é melhor enterrarmos este carneiro e vimos cá amanhã Comê-lo juntos.
Vai o lobo e diz-lhe:
– Mas nem eu, nem tu temos faro. Como é que o havemos de tornar a achar?
– Deixa-se-lhe o rabo de fora.
Assim se fez. No dia seguinte apresenta-se o lobo e diz:
– Comadre, vamos comer o carneiro?
– Hoje não posso; tenho de ser madrinha de um cachorrinho
O lobo fiou-se, mas a raposa foi ao lugar onde estava enterrado o carneiro e comeu um grande pedaço. No outro dia toma o lobo a perguntar-lhe:
– Que nome puseste ao teu afilhado?
– Comecei-te.
Exclama o lobo:
– Que nome! Vamos comer o carneiro?
– Ai, compadre - disse-lhe a raposa - hoje também não pode ser; estou convidada para ser madrinha.
O lobo fiou-se; a raposa tornou a ir comer sozinha. Ao outro dia vem o lobo:
– Que nome deste ao teu afilhado?
– Meei-te.
– Que nome! - replica o lobo -  Vamos comer o carneiro?
A raposa tornou a escusar-se com outro baptizado e foi acabar de comer o carneiro. O lobo vem:
– Como se chama o teu afilhado?
– Acabei-te.
– Vamos comer o carneiro?
Foram e chegaram ao sítio; assim que viram o rabo, disse a raposa:
– Puxa com força, compadre.
O lobo puxou, e caiu de pernas para o ar; a raposa safou-se.


Moral da História
O moral desta história é que não devemos ser invejosos, nem devemos pensar só em nós, mas também nos outros, e devemos partilhar as coisas tanto seja comida como objectos.

Maria 


A FORMIGA E A POMBA


Uma Formiga estava na margem de um rio a beber água. Foi arrastada pela forte corrente e estava prestes a afogar-se.

        Uma Pomba, que estava numa árvore, sobre a água observou tudo. Arrancou uma folha e deixou-a cair na corrente perto da formiga. A formiga flutuou em segurança até a margem.  

            Pouco tempo depois, um caçador de pássaros, escondido pelas folhas da árvore, preparava-se para apanhar a pomba, sem ela se aperceber do perigo.  
         A Formiga, percebendo-se da sua intenção, ferrou-lhe no pé. Com o susto, ele deixa cair sua armadilha e isso deu oportunidade para que a Pomba voasse para longe, a salvo.  


Moral da história: Amor, com amor se paga

Rita

 
Cabrito e o Lobo



Um cabritinho perdeu-se na serra. Antes de encontrar o caminho para casa, apareceu-lhe o lobo.
- Ai, senhor lobo, já sei que me vai comer; mas deixe-me, ao menos, morrer a dançar.
O lobo aceitou o pedido do cabritinho e pôs-se a tocar flauta para ele dançar.
O pior é que os cães do rebanho, que eram dançarinos, vieram atrás da música…
O lobo quando os viu, desatou a fugir e o cabritinho ficou salvo.

(Fábula popular)


Moral da história: A inteligência é sempre a melhor saída

      Xavier 

A lebre e a tartaruga
  
Era uma vez uma tartaruga que estava sempre a ser gozada pela sua lentidão. Como a tartaruga não gostava de ser tratada assim, decidiu fazer uma corrida com a lebre, o animal mais rápido da floresta!
A lebre quando ouviu isto desatou-se a rir, mas aceitou o desafio.
No grande dia, todos os animais foram assistir à corrida, sempre a pensarem que a lebre iria ganhar a corrida e não a tartaruga! Deram o sinal de partida, a corrida começou e a lebre como já tinha um grande avanço decidiu descansar, mas adormeceu profundamente.
A tartaruga sempre sem desistir, continuou com o seu passo lento, mas sempre seguido. Passou pela lebre, até que chegou quase ao fim da meta e aí os animais começaram a gritar por ela, para a apoiar. Com essa barulheira a lebre acordou, começou a correr e rapidamente chegou à beira da tartaruga, mas a tartaruga esticou a sua cabeça e passou a meta em primeiro lugar. Todos os animais foram dar-lhe os parabéns!
A tartaruga foi muito persistente, nunca desistiu e até conseguiu vencer o animal mais rápido da floresta!
A lebre aprendeu que não se deve gozar os mais fracos, nem se achar a melhor, porque até os mais fracos podem vencer!


Moral da história: Devagar se vai ao longe
                             Não devemos gozar os mais fracos


Tomás
 Hugo 

O lobo e o cão


Certo dia, um Lobo só de pele e osso encontrou um cão gordo, forte e com o pêlo muito lustroso. Via-se bem que não passava fome. O Lobo, admirado, quis saber onde é que ele conseguia obter tanta comida.
- Se me seguires, ficará tão forte como eu – respondeu o cão. – O homem dar-te-á restos saborosos.
- Mas o que preciso de fazer em troca? – quis saber o Lobo.
- Muito pouco, na verdade – respondeu o Cão. – Uivar aos intrusos, agradar ao dono e adular os seus amigos. Só por isto receberás carne e outras iguarias muito bem cozinhadas. De vez em quando, receberá também festas no dorso.
O Lobo ficou encantado com a ideia e meteram-se ambos ao caminho. A dada altura, o Lobo reparou que o cão tinha o pescoço esfolado.
- O que tens no pescoço? – perguntou.
- Nada de grave. É da argola com que me prendem – explicou o Cão.
-Preso? Então não podes correr quando queres? – exclamou Lobo. – Esse é um preço demasiado: não troco a minha liberdade por toda a comida do mundo.
Dito isto, desatou a correr o mais depressa que pode para bem longe dali.


Moral da história: A tua liberdade não tem preço.


Ana Patrícia
      Sónia



 
A CIGARRA E A FORMIGA


Num dia soalheiro de Verão, a Cigarra cantava feliz. Enquanto isso, uma Formiga passou por perto. Vinha afadigada, carregando penosamente um grão de milho que arrastava para o formigueiro.
- Por que não ficas aqui a conversar um pouco comigo, em vez de te afadigares tanto?  - Perguntou-lhe a Cigarra.
- Preciso de arrecadar comida para o Inverno – respondeu-lhe a Formiga. – Aconselho-te a fazeres o mesmo.
- Por que me hei-de preocupar com o Inverno? Comida não nos falta... – respondeu a Cigarra, olhando em redor.
A Formiga não respondeu, continuou o seu trabalho e foi-se embora.
Quando o Inverno chegou, a Cigarra não tinha nada para comer. No entanto, viu que as Formigas tinham muita comida porque a tinham guardado no Verão. Distribuíam-na diariamente entre si e não tinham fome como ela. A Cigarra compreendeu que tinha feito mal...

Moral da história:
Não penses só em divertir-te. Trabalha e pensa no futuro.

Autor: Jean de La Fontaine

Bárbara
Catarina
Luís 

 
O lobo e os sete Cabritinhos


Era uma vez sete simpáticos. Os cabritinhos viviam com a sua mamã. Um dia, ela saiu de casa para fazer compras, deixando os filhos sozinhos.
- Cuidado! Não abram a porta a desconhecidos quando eu estiver fora!
Acontece que um lobo andava a rondar a casa e apercebeu-se da situação. Então, foi bater à porta da casa onde estavam os cabritinhos sozinhos.
Os cabritinhos, obedientes aos conselhos da mamã, não abriram a porta. Então, o lobo foi a uma pastelaria e comprou uma grande caixa de chocolates, que ofereceu aos cabritinhos, dizendo que era  a sua mamã.
- Então, se és tu, mamã, mostra-nos a tua pata branca! – gritaram eles.
O lobo, desiludido, foi-se embora. Mas pelo caminho teve uma ideia. Foi ter com um moleiro e pediu-lhe para lhe pintar a sua pata direita com farinha. Depois, voltou à casa dos cabritinhos, que, quando viram a pata branca, acreditaram que era a sua mamã e abriram a porta.Logo o lobo se lançou sobre eles e engoliu-os de uma só vez.
Quando a mamã cabra voltou, deu de caras com a sua casa de pernas para o ar, toda desarrumada. Então, o mais velho dos seus filhos saiu de dentro do relógio de pêndulo onde se escondera e contou-lhe o sucedido.
Saíram de casa a toda a pressa, em busca do malvado lobo.
Encontraram-no a dormir a sesta, regalado. A mamã cabra, que trouxera as suas tesouras grandes de cortar as unhas das patas, uma grossa agulha e fio, abriu a barriga do lobo e tirou para fora os seus seis filhinhos.
Depois, encheu-a de calhaus e coseu-a com linha. Quando o lobo acordou, sentiu sede e dirigiu-se a um poço, ali próximo, para beber. Como estava muito pesado, ao baixar-se para beber, caiu dentro do poço e acabou por se afogar.
Ninguém sentiu pena dele, e os cabritinhos e a sua mamã dançaram até à noite, de alegria.


Moral da história: Não devemos falar com estranhos
Diana



 

Passado do Meio Local

     Durante o mês de janeiro, na área de Estudo do Meio, estivemos a estudar a história, factos e personalidades de S. Mamede de Infesta. Cada aluno foi desafiado a fazer uma pesquisa, com a ajuda dos seus pais e outros familiares.
      Os resultados foram surpreendentes e muito enriquecedores.
           
 
São Mamede de Infesta


A freguesia de S. Mamede de Infesta pertence ao concelho de Matosinhos e aparece documentada nas inquirições de 1258 e no censo de 1527.

No tempo da ocupação romana S. Mamede assumia papel de destaque como espaço ideal para a construção de infra-estruturas de ligação entre o Porto, com outras localidades mais importantes, situadas a Norte.

Data desta época a escolha de S. Mamede de Infesta para a implantação do traçado da via romana que ligava Lisboa à cidade de Braga e respectivo prolongamento até à Serra do Gerês. A Ponte de Pedra, típica construção romana, hoje lugar de destaque em S. Mamede, é apontada como um dos possíveis trajectos dessa via.

Foi esta crescente implantação e desenvolvimento de vias de comunicação que originou o próprio crescimento demográfico de S. Mamede de Infesta.

Uma outra construção reveladora da importância que as vias de comunicação desde sempre assumiram em S. Mamede de Infesta é a Capela do Lugar do Telheiro.

Segundo contos antigos, na viagem de Lisboa para Pádua, Santo António terá pernoitado debaixo de um telheiro, e aí readquirido forças para se recolocar ao caminho. Foi esse telheiro que ganhou nome de Lugar e honras de Capela.

A actual Cidade de São Mamede de Infesta tem cerca de 25 mil habitantes.





Abel Salazar


Abel de Lima Salazar, nasceu em Guimarães em 19 de Julho de 1889 e morreu em Lisboa a 29 de Dezembro de 1946.

Foi um fantástico médico, professor, cientista, pintor e resistente ao regime salazarista português. Trabalhou e viveu no Porto.

Criou muitas obras artísticas, com referências sociais. O reputado Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto presta-lhe homenagem.

Em 1909 Abel Salazar entra na Escola Médico-Cirúrgica do Porto e em 1915 conclui o curso de Medicina apresentando a sua tese inaugural “Ensaio de Psicologia Filosófica” que acaba classificada com 20 valores.

Com 30 anos - em 1918 - é nomeado Professor Catedrático de Histologia e Embriologia na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, acabando por fundar e dirigir o Instituto de Histologia e Embriologia da universidade, um modesto centro de estudos.


Como investigador, contribuiu, nomeadamente, com trabalhos relativos à estrutura e evolução do ovário acabando por criar o agora célebre, e ainda utilizado, método de coloração tano-férrico de Salazar.

Entre 1919 e 1925 o seu trabalho torna-se internacionalmente conhecido e publicado em várias revistas científicas internacionais, participando em numerosos congressos no estrangeiro. Em 1921, casa-se com Zélia de Barros de quem não teve filhos.

Em 1928, ao fim de 10 anos de trabalho em condições muito más, Abel Salazar sofre um esgotamento e interrompe a sua actividade durante quatro anos para se tratar. Mais tarde, em 1931 regressa à faculdade mas encontra o seu gabinete desmantelado e o instituto que fundara encontrava-se praticamente ao abandono e já sem biblioteca. Nos anos que se seguiram reconstruiu o laboratório e prosseguiu o trabalho nas suas diversas áreas de interesse, tais como a Ciência, a Arte e a Filosofia.

Em 1935 é afastado da sua faculdade, do laboratório, é proibido de frequentar a biblioteca e de ausentar-se do País pela Portaria de 5 de Junho desse ano, dada "a influência deletéria da sua acção pedagógica sobre a mocidade universitária".
 
Com o seu afastamento forçado da vida na faculdade, Abel Salazar desenvolve em sua casa uma produção artística muito diversa: gravura, pintura mural, pintura a óleo de paisagens, retratos, ilustração da vida da mulher trabalhadora e da mulher parisiense, aguarelas, desenhos, caricaturas e escultura, muitos hoje expostos na Casa-Museu Abel Salazar, em São Mamede Infesta.






Muitos documentos e fotografias podem ser vistos pela Internet em:  






Dr. Fernando António Godinho de Faria


O Dr. Francisco Fernando Godinho de Faria era o presidente da Câmara Municipal de Matosinhos quando a República triunfou como regime político em Portugal.

É mais conhecido como Dr. Godinho de Faria.

Apesar de não ter nascido em S. Mamede de Infesta foi aqui que passou a morar em 1886 quando se formou em Medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto com um trabalho sobre as propriedades curativas do vinho. E aqui passou a exercer a sua profissão.

Como presidente da Câmara de Matosinhos, acompanhou o funeral de Rocha Peixoto para a Póvoa de Varzim, em Maio de 1909.

Actualmente, existe uma rua muito importante de S. Mamede que tem o seu nome.
O último presidente da Câmara de Matosinhos na transição da monarquia para a república foi o Dr. Francisco Fernando Godinho de Faria, tendo falecido nesta freguesia em 27/9/1919.

Publica, em 1879, “Vinhos portuguezes considerados hygienica e therapeuticamente”. É uma Dissertação Inaugural feita em parceria com António de Oliveira, pode ser vista em

 Em 1899, edita a conhecidíssima Monografia do Concelho de Bouças, livro ainda hoje indispensável para se conhecer a história do concelho de Matosinhos.


Fontes: Internet






Padre Manuel Gomes de Castro


Padre Manuel Gomes de Castro era natural de Moldes, Arouca, onde nasceu no ano de 1882.
Foi pároco desta freguesia de 1935 até 1944.

Quando começou a II Guerra Mundial a população passou privações e sofreu muito.
As pessoas muito pobres não tinham dinheiro para comprar alimentos.

O Senhor Abade, como era tratado naquela época, nada podendo fazer, confortava-os com palavras e incentivava-os a cantar orações.


Faleceu a 19 de Dezembro de 1944.

Dada a importância desta pessoa, como homenagem, foi dado o seu nome à nossa escola.





São Mamede de Infesta – Monumentos (Igrejas)


Capela da Ermida

Na Ermida há uma capela dedicada a Nª. Sª. da Conceição. Foi Igreja Matriz de S. Mamede de Infesta durante a construção da actual igreja.

O nome de S. Mamede da Ermida que vigorou em documentos do século XVII e início do XVIII, talvez se deva à existência da dita capela na vila. Poderá, no entanto, ter existido, também, anteriormente, um eremitério ligado ao Mosteiro.

Esta capela foi restaurada em 1804, sendo posteriormente construída uma torre no início do sec. XX.


 

 

Capela de Santo António do Telheiro


Situada no Largo do mesmo nome no Lugar do Telheiro está associada à lenda que assinala a passagem de Sto. António por aquele local.

Também nesse local se realizam as festas anuais ao Sto. António do Telheiro que são das mais importantes que se realizam em S. Mamede de Infesta.

Prolongam-se por mais de uma semana e decorrem no princípio do mês de Setembro.



 

 

Igreja Matriz de S. Mamede de Infesta

A actual igreja de S. Mamede de Infesta foi iniciada em 27 de Agosto de 1864, tendo sido concluída em 7 de Setembro de 1866.

Foi graças a um grande benemérito, natural desta freguesia, Rodrigo Pereira Felício, Conde de S. Mamede, que doou 12 contos de reis para a sua construção.








São Mamede de Infesta – Monumentos (Museus)


Casa Museu Abel Salazar

Museu de Jazigos Minerais Portugueses






Museu do Linho e do Milho


 Fonte: Site da Junta de Freguesia de São Mamede Infesta


      Trabalho realizado por:

      Bárbara Fernandes 3º E