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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Passado do Meio Local

     Durante o mês de janeiro, na área de Estudo do Meio, estivemos a estudar a história, factos e personalidades de S. Mamede de Infesta. Cada aluno foi desafiado a fazer uma pesquisa, com a ajuda dos seus pais e outros familiares.
      Os resultados foram surpreendentes e muito enriquecedores.
           
 
São Mamede de Infesta


A freguesia de S. Mamede de Infesta pertence ao concelho de Matosinhos e aparece documentada nas inquirições de 1258 e no censo de 1527.

No tempo da ocupação romana S. Mamede assumia papel de destaque como espaço ideal para a construção de infra-estruturas de ligação entre o Porto, com outras localidades mais importantes, situadas a Norte.

Data desta época a escolha de S. Mamede de Infesta para a implantação do traçado da via romana que ligava Lisboa à cidade de Braga e respectivo prolongamento até à Serra do Gerês. A Ponte de Pedra, típica construção romana, hoje lugar de destaque em S. Mamede, é apontada como um dos possíveis trajectos dessa via.

Foi esta crescente implantação e desenvolvimento de vias de comunicação que originou o próprio crescimento demográfico de S. Mamede de Infesta.

Uma outra construção reveladora da importância que as vias de comunicação desde sempre assumiram em S. Mamede de Infesta é a Capela do Lugar do Telheiro.

Segundo contos antigos, na viagem de Lisboa para Pádua, Santo António terá pernoitado debaixo de um telheiro, e aí readquirido forças para se recolocar ao caminho. Foi esse telheiro que ganhou nome de Lugar e honras de Capela.

A actual Cidade de São Mamede de Infesta tem cerca de 25 mil habitantes.





Abel Salazar


Abel de Lima Salazar, nasceu em Guimarães em 19 de Julho de 1889 e morreu em Lisboa a 29 de Dezembro de 1946.

Foi um fantástico médico, professor, cientista, pintor e resistente ao regime salazarista português. Trabalhou e viveu no Porto.

Criou muitas obras artísticas, com referências sociais. O reputado Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto presta-lhe homenagem.

Em 1909 Abel Salazar entra na Escola Médico-Cirúrgica do Porto e em 1915 conclui o curso de Medicina apresentando a sua tese inaugural “Ensaio de Psicologia Filosófica” que acaba classificada com 20 valores.

Com 30 anos - em 1918 - é nomeado Professor Catedrático de Histologia e Embriologia na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, acabando por fundar e dirigir o Instituto de Histologia e Embriologia da universidade, um modesto centro de estudos.


Como investigador, contribuiu, nomeadamente, com trabalhos relativos à estrutura e evolução do ovário acabando por criar o agora célebre, e ainda utilizado, método de coloração tano-férrico de Salazar.

Entre 1919 e 1925 o seu trabalho torna-se internacionalmente conhecido e publicado em várias revistas científicas internacionais, participando em numerosos congressos no estrangeiro. Em 1921, casa-se com Zélia de Barros de quem não teve filhos.

Em 1928, ao fim de 10 anos de trabalho em condições muito más, Abel Salazar sofre um esgotamento e interrompe a sua actividade durante quatro anos para se tratar. Mais tarde, em 1931 regressa à faculdade mas encontra o seu gabinete desmantelado e o instituto que fundara encontrava-se praticamente ao abandono e já sem biblioteca. Nos anos que se seguiram reconstruiu o laboratório e prosseguiu o trabalho nas suas diversas áreas de interesse, tais como a Ciência, a Arte e a Filosofia.

Em 1935 é afastado da sua faculdade, do laboratório, é proibido de frequentar a biblioteca e de ausentar-se do País pela Portaria de 5 de Junho desse ano, dada "a influência deletéria da sua acção pedagógica sobre a mocidade universitária".
 
Com o seu afastamento forçado da vida na faculdade, Abel Salazar desenvolve em sua casa uma produção artística muito diversa: gravura, pintura mural, pintura a óleo de paisagens, retratos, ilustração da vida da mulher trabalhadora e da mulher parisiense, aguarelas, desenhos, caricaturas e escultura, muitos hoje expostos na Casa-Museu Abel Salazar, em São Mamede Infesta.






Muitos documentos e fotografias podem ser vistos pela Internet em:  






Dr. Fernando António Godinho de Faria


O Dr. Francisco Fernando Godinho de Faria era o presidente da Câmara Municipal de Matosinhos quando a República triunfou como regime político em Portugal.

É mais conhecido como Dr. Godinho de Faria.

Apesar de não ter nascido em S. Mamede de Infesta foi aqui que passou a morar em 1886 quando se formou em Medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto com um trabalho sobre as propriedades curativas do vinho. E aqui passou a exercer a sua profissão.

Como presidente da Câmara de Matosinhos, acompanhou o funeral de Rocha Peixoto para a Póvoa de Varzim, em Maio de 1909.

Actualmente, existe uma rua muito importante de S. Mamede que tem o seu nome.
O último presidente da Câmara de Matosinhos na transição da monarquia para a república foi o Dr. Francisco Fernando Godinho de Faria, tendo falecido nesta freguesia em 27/9/1919.

Publica, em 1879, “Vinhos portuguezes considerados hygienica e therapeuticamente”. É uma Dissertação Inaugural feita em parceria com António de Oliveira, pode ser vista em

 Em 1899, edita a conhecidíssima Monografia do Concelho de Bouças, livro ainda hoje indispensável para se conhecer a história do concelho de Matosinhos.


Fontes: Internet






Padre Manuel Gomes de Castro


Padre Manuel Gomes de Castro era natural de Moldes, Arouca, onde nasceu no ano de 1882.
Foi pároco desta freguesia de 1935 até 1944.

Quando começou a II Guerra Mundial a população passou privações e sofreu muito.
As pessoas muito pobres não tinham dinheiro para comprar alimentos.

O Senhor Abade, como era tratado naquela época, nada podendo fazer, confortava-os com palavras e incentivava-os a cantar orações.


Faleceu a 19 de Dezembro de 1944.

Dada a importância desta pessoa, como homenagem, foi dado o seu nome à nossa escola.





São Mamede de Infesta – Monumentos (Igrejas)


Capela da Ermida

Na Ermida há uma capela dedicada a Nª. Sª. da Conceição. Foi Igreja Matriz de S. Mamede de Infesta durante a construção da actual igreja.

O nome de S. Mamede da Ermida que vigorou em documentos do século XVII e início do XVIII, talvez se deva à existência da dita capela na vila. Poderá, no entanto, ter existido, também, anteriormente, um eremitério ligado ao Mosteiro.

Esta capela foi restaurada em 1804, sendo posteriormente construída uma torre no início do sec. XX.


 

 

Capela de Santo António do Telheiro


Situada no Largo do mesmo nome no Lugar do Telheiro está associada à lenda que assinala a passagem de Sto. António por aquele local.

Também nesse local se realizam as festas anuais ao Sto. António do Telheiro que são das mais importantes que se realizam em S. Mamede de Infesta.

Prolongam-se por mais de uma semana e decorrem no princípio do mês de Setembro.



 

 

Igreja Matriz de S. Mamede de Infesta

A actual igreja de S. Mamede de Infesta foi iniciada em 27 de Agosto de 1864, tendo sido concluída em 7 de Setembro de 1866.

Foi graças a um grande benemérito, natural desta freguesia, Rodrigo Pereira Felício, Conde de S. Mamede, que doou 12 contos de reis para a sua construção.








São Mamede de Infesta – Monumentos (Museus)


Casa Museu Abel Salazar

Museu de Jazigos Minerais Portugueses






Museu do Linho e do Milho


 Fonte: Site da Junta de Freguesia de São Mamede Infesta


      Trabalho realizado por:

      Bárbara Fernandes 3º E




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